30 de setembro de 2008

Relatos de férias!

Olá, gente boa!
Eu sei que estavam já com saudades de saber de nós, o Casal-Maravilha (não! Não é presunção! Esta designação não fomos nós quem a deu... Ah pois é!...). Mas também um casal-maravilha tem direito ao seu momento de férias. E foi por isso que deixei um pouco "abandonado" este nosso/vosso espaço webiano... Mas estou de volta, e comigo trago uma série de relatos do que se passou nestas duas últimas semanas. Claro que devidamente documentadas com algumas imagens esclarecedoras e comprovativas da veracidade de tudo aquilo que aqui será dito... Bom, confesso que aqui nunca dissemos mentiras, mesmo que sem imagens para comprovar... Tirando aquela em que... e também a outra, onde... e ainda... Ok!

Bom, as férias estavam previstas para iniciar em 15 de Setembro, pelo que nesse fim de semana decidimos juntar em nossa casa os nossos pais. Apesar de Portugal ser um país tão pequeno, a verdade é que eles já não se viam talvez há 10 anos, pelo que decidimos convidá-los para se juntarem a meio caminho. E, coincidência, a meio caminho fica a nossa casa! Por isso, juntámos o agradável ao... agradável, e fizemos um almoço para pais aqui em casa nesse sábado, dia 13... Dia de azar? Não... Para mim, qualquer dia que eu viva será sempre um dia de sorte!



Aqui estão os nossos "velhotes", todos bem dispostos pelo dia bem passado!



Claro está que quem também gostou imenso da visita foi o Tanino...



... e, claro, o Doc, pois ambos tiveram direito a umas festinhas extras!


Mas, e contrariamente a algumas bocas de elementos que curiosamente trabalham para o Público (tás bom, Miguel? tás bom, Chicão? Tás bom, Álvaro?), que se manifestaram por este casal-maravilha ter férias em Setembro (esqueceram-se que em Agosto estavam eles no bem-bom e nós a penar, foi? - valeu-nos o grande defensor da classe privada, o Pinga Tê (tás bom, Tiago?), para defender a honra da causa...), o primeiro dia de férias começou mesmo com... uma viagem de trabalho. Assim, no domingo rumei até Burgos, para dar uma assistência à nossa congénere Cerâmicas Gala, que manifestaram ter um problema de fabrico de produtos em acrílicos e, claro, aqui o expert foi lá dar uma ajudinha. Foi uma viagem relâmpago, com ida no domingo e volta na segunda à noite, mortinho para começar as vacances no dia seguinte...


Claro está que o melhor desta viagem foi quando, a aprox. 300 km de cá, começámos a ver a primeira placa indicativa de... Portugal!

Já em Portugal, e naquele que considero o primeiro dia de férias, recebemos o nosso afilhado André em Aveiro, pois ele quiz seguir o (excelente) exemplo do padrinho (moi même) e entrou na UA, em... adivinhem? Isso mesmo: Química! Claro que aqui os padrinhos, na sua qualidade de antigos alunos (antigos, não, que soa pesado... alunos de... outros tempos!), o livraram das praxes... (pausa)... ná! Há que praxar o caloiro, pois então! E até que teve sorte, pois foi praxado apenas pelos alunos de Química, Bioquímica e outras da família, onde a frequência das mulheres nos fazem lembrar os bons velhos tempos dos cursos de letras - resmas, direi mesmo, paletes de gajas...



Aqui o caloiro a ser pintado com batom... Onde param aqueles químicos dos outros tempos que usavam... nitrato de prata?



E aqui já com a família Forsythe, em frente ao Departamento de Química, após aquelas pinturas rupestres na cara!

No dia seguinte, deixámos o caloiro André entregue a si mesmo (dura praxis sed praxis!) e rumámos até Lisboa, no início da nossa viagem até Odeceixe. Mas aqui tenho que fazer um parêntesis...

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Pronto, o parêntesis está feito!
É que durante todo o ano de 2007, naquela fase maluca das operações de remoção do meu (já famoso) T4N1Mx, prós amigos conhecido como adenocarcinoma no cólon intestinal, e dos tratamentos de quimioterapia (tb simpaticamente chamada de QT), ansiávamos, direi mesmo que sonhávamos com o dia em que, sempre acreditámos, voltaríamos para aquela simpática vila Algarvia de cariz bem alentejano (ou deverei chamar-lhe de vila alentejana já em território algarvio?), apanhar um bronze e quedarmo-nos "a ver o tempo passar" (frase que define o modus vivendis daquele povo alentejano-algarvio! - já repararam na quantidade de latinismos aqui coloquei? E que dizer dos francesismos? Sou mêmo poliglota!) E foi por isso, quase em jeito de romaria, que estas nossas férias eram tão ansiosamente aguardadas e intensamente desejadas...

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E aqui terminei o parêntesis feito, tá? Podem continuar a ler para baixo...

Como ia a dizer acima, iniciámos a nossa viagem para Odeceixe com uma primeira paragem em Lisboa. É que pretendíamos começar estas férias em grande. E nada como usufruir de um voucher num hotel de... five stars! Optámos, pois, por pernoitar no Pestana Palace, aproveitando depois o dia para visitar os amigos. Assim, demos entrada nessa noite de quarta, 17, no magnífico palácio que serve de Hotel ao Grupo Pestana, para dormir e iniciar as mais que merecidas férias.


Imagem do tapete de entrada... só para fazer inveja a quem ali nunca teve a oportunidade de ir e ficar... (sou mesmo mauzinho, eu sei!)

Nessa noite fomos ainda visitar a nossa prima Rute e os seus filhos (nosso afilhado Pedro e a primita Inês), bem como o seu avô e nosso tio Eliseu, para pelo menos estar uns momentos com eles e marcar a nossa presença junto daquela (nossa) família ainda em luto pela perda da tia Josefina! E foi bom estarmos juntos, pois conseguimos divertir e distrair os meninos, bem como "arrancar" a promessa ao tio Eliseu de voltar a encarar a vida de frente... E a Rute comprovou-nos isso mesmo, com uma mensagem de final de noite, connosco já de volta ao hotel, dizendo-nos que adorou esse momento e que conseguimos fazer ali um corte na semana!

De volta ao hotel, dormimos numa cama (quase) de reis e na manhã seguinte é que deu para conhecermos aquele espaço tão bonito. E como não é fácil descrevê-lo, nada como mostrá-lo pelas imagens que se seguem.



Imagem do tecto de uma das salas de estar, com as suas pinturas magníficas de um qualquer Miguel Ângelo português.



Aqui vemos a sala dos pequenos-almoços, com a minha maridona a saborear um café... divinal!



A piscina exterior do Palácio, situada no bonito jardim do Hotel.


E finalmente uma foto de nós dois tirada no jardim do hotel, junto a uma gaiola com bonitas aves... Sim, não conseguem ver as aves, mas os bonitos ali sêmos nós, tá?

Depois do check-out, foi tempo de irmos ter com os nossos fantásticos amigos de Lisboa, Alfredo e Lindalva, para almoçarmos juntos. E foi uma grande (e boa) surpresa contarmos com a presença da sua "neta" (as aspas devem-se a ser neta emprestada, já que ela é uma bonita brasileira, fisioterapeuta, que veio para Portugal ter com a sua mãe e ali está a viver com eles... E que bom, pois é uma grande companheira e amiga dos nossos amigos! Logo, tb já é nossa amiga, ou esqueceram do ditado: "amigo do meu amigo, meu amigo é"?), Vanessa, que também foi almoçar connosco. E no final regressámos ali a sua casa para a foto da praxe.



Alfredo, Lindalva (sempre atenta ao seu marido), Vanessa, Maria José e aqui o je (FM).

E foi já com saudades que nos despedimos destes amigos e rumámos para casa de outro amigo, este mais dedicado a dar música ao pessoal, ali para os lados do deserto (por decreto de ministro!) de Alcochete. Fomos jantar a casa do António, para os amigos o Tó Músico, que nos presenteou com uns cuscus (note-se! Estou a falar de comida de faca e garfo...) vegetarianos de se lhe tirar o chapéu. E ainda tivemos a oportunidade de conhecer a sua amiga especial, Dora, bem como a sua filhota (que ficou de imediato minha fã, quando lhe fiz uns pequenos efeitos de magia). Foi pena elas não terem podido ficar para jantar connosco, mas... ficou prometido para o almoço do dia seguinte. Sim, porque esta nossa viagem até Odeceixe teve várias etapas! É que bem comidos e melhor bebidos, acabámos mesmo por ficar com o Tó na sua casa (ou deverei chamar-lhe "tenda sahariana", sr. Ministro?), onde dormimos.



Um brinde aos cuscus preparados pelo Tó Músico, que no final ainda nos brindou com alguns toques musicais no seu piano.

Na manhã seguinte, enquanto o pessoal trabalhador foi dar as suas aulas (e falar da Ministra da Educação!), nós resolvemos dar uma volta até ao FreePort, aproveitando a presença deste espaço naquela área desértica - ou seria uma miragem? -, para fazer umas compritas. E se bem o pensámos, melhor o fizémos. E assim comprei duas Levi's, aproveitando os preços de saldo, mas mais importante, comprámos umas calças para as nossas caminhadas! Agora até iremos parecer uma gang... de pedestrianistas!

Depois do almoço, desta feita já com a presença da Dora e da sua filha, finalmente largámos Alcochete rumo ao nosso destino final, em Odeceixe. E foi já noite feita que ali arribámos, deparando com a Casa da Ti Celeste cada vez mais na mesma! E ainda bem, pois ali é mesmo para... vermos o tempo passar.



Nós os dois na fotografia da praxe, à entrada da Residencial "Casa da Celeste".


Na manhã seguinte, mesmo acordando cinzenta e nublada, rumámos até à Praia de Odeceixe, ávidos de sentir aquele cheiro tão característico, misto de maresia e dos arbustos típicos do SW Alentejano (Costa Vicentina), e dos raios solares no corpo esbranquiçado (mas felizmente já pouco platinado) deste vosso relatador destas estórias. Mas seguem-se algumas imagens dos dias que se seguiram, sempre connosco a acordar e seguir para a praia, distante aproximadamente 3 km da vila, para eu descer e apanhar sol (e, confesso, ainda fui a banhos duas vezes!), enquanto a Zé ficava junto aos quiosques, a conversar com o Sr. Fernando Agapito (bar) ou a D. Maria José (bazar).



Não reparem na tonalidade leitosa da pele e sim nos magníficos chinelos-de-enfiar-no-dedo que eu calço!


Aqui é já uma imagem do 3.º dia, mas sempre com a Praia de Odeceixe como pano de fundo, tal a sua beleza natural e vontade de ali estarmos...


Imagem de um final de tarde, em que o Sr. Fernando nos brindou com um tinto alentejano, acompanhando queijo e presunto... Ah! pois é!...


... ou a saborear uma fatia de bolo preparado in loco pela sua colaboradora Ana...


... ou simplesmente a apreciar a beleza natural que um pôr-do-sol sempre nos proporciona!


Mas, também os bons momentos têm um fim! E foi o que aconteceu, connosco a despedirmo-nos de Odeceixe... com a promessa de voltar!


E tal como na ida, também o regresso nos trouxe por Porto Covo, ao restaurante "O Marquês", para acabar em beleza aqueles dias pela costa alentejana algarvia.

E prontes! Foi assim que se passaram estes dias de férias no sul. Chegámos já pela noite de quinta-feira, 25 de Setembro, ainda dando tempo de jantar com o caloiro (já se tinham esquecido dele? Nós também... não!) e rumarmos de imediato para Valongo, onde se estava a iniciar o Magic. Mas isto será tema para a próxima crónica. Para já, ficamos por aqui. Estou certo que tiveram que ler esta publicação por várias vezes, bocejando entre cada parágrafo ou mesmo tomando cafés fortíssimos para o conseguirem fazer... Mas, e tal como captámos numa outra frase típica de Odeceixe, a vida deverá ser assim: "Odeceixe: sem stress!".
Fiquem bem!

13 de setembro de 2008

Agora sim, o pedestrianismo em Salreu... bom, foi quase em Estarreja!

Oi, gente! Eu sempre ouvi dizer que à terceira é de vez, e é por isso que agora é que é! Vamos lá falar do percurso que fizemos no fim-de-semana passado em Salreu, acompanhando a biodiversidade da Ria de Aveiro.
E o percurso foi uma aventura desde o seu início. Bom, no início era Deus! Mas não iremos recuar até tão atrás; não foi desde o Big-Bang, nem de Adão e Eva... Este início foi um pouco mais tarde, numa sexta-feira extremamente chuvosa e ventosa, que fez alguns menos crentes desistirem sem ter começado! Mas a fé inabalável deste vosso ilustre narrador (o je, novamente moi, que continua a ser eu), conseguiu contagiar e convencer vários dos nossos aventureiros, que ousaram atravessar a tempestade que se abateu nesse dia, sexta-feira, um pouco por todo o Portugal. Vieram desde o Montijo e Alcochete - e imagine-se lá o que lhes terá passado pela cabeça enquanto desfilavam pelo temporal que se abatia e que os acompanhou em toda a viagem!
Mas acreditaram em mim e na grande, enorme, diria mesmo fantástica categoria da minha pessoa à cabeça da Organização do percurso! É que eu não havia deixado nada ao acaso e, numa conversa amena e agradável com o S. Pedro, tinha acordado com ele que toda a chuva só cairia nesse dia e noite, e que no sábado teríamos um excelente dia para caminhar! E assim aconteceu...
E por isso na sexta-feira eu e a Maria José recebemos o nosso amigo António músico que se fazia acompanhar por dois novos amigos, também eles desejosos de percorrer aqueles caminhos tão... desconhecidos! E é aqui tempo de dizer: BEM-VINDOS AO GRUPO DA FENDA, RUI FIALHO E SÍLVIA LOPES.
No dia seguinte de manhã lá fomos nós os 5, já com a presença dos nossos vizinhos da frente e amigos, Rui Cravo, Manuela, Gonçalo e David, de carro até à Estação de Aveiro.


A viagem de carro até Aveiro - Maria José, Sílvia e Rui. À frente seguia o Tó Músico e o moi même, como driver!

Ah! É que a Organização, que sou eu, havia decidido ouvir a sugestão do nosso confrade Alex, também ele um amigo adido ao G 6 (o Grupo da Fenda original era constituído por 6 magníficos - Eu, a Zé, o Tó Músico (desculpa, António, mas serás sempre conhecido assim...), a Rosa, a América e a Joaquina), e organizar a viagem até ao local do percurso de uma forma amiga do Ambiente - com o Kim... o Boio... o Kimboio!


Foto artística da viagem no comboio, com a imagem da Sílvia e do Tó Músico reflectida no vidro do Kim...


E se bem o pensámos... pior o fizemos! "Pior"?, perguntam-se vocês! É verdade... É que aqui aconteceu a primeira... incidência: como chegámos quase à hora do comboio (porque será?), não nos encontrámos com o João, digno crente e representante do people de Coimbra, que assim teve que seguir alone, pensando que tinha perdido o mesmo comboio onde todos nós íamos. Mas, e após um primeiro contacto telefónico, descobrimos que, afinal, íamos todos no mesmo! Só que este "desencontro" valeu-lhe o "prémio" de ter que fazer todo o percurso com um elemento estranho - o seu "Boby" (mais à frente verão quem era este "Boby"!).
E então ocorreu a segunda incidência: quando o Kim parou no apeadeiro de Salreu, onde já estava a nossa amiga Natália proveniente de Ovar (isto é que foi uma Caminhada Multi-Localidacional (isto é, com pessoal de muitas localidades diferentes!) o Alex premiu o botão de abertura da porta e... népias, nicles, nothing! A porta não abriu. E qual foi o nosso espanto quando o comboio arrancou connosco ali todos à porta, de pé, vendo Salreu ficar para trás! Claro está que telefonámos de imediato para a Natália, admiradíssima e estática no apeadeiro a ver o comboio seguir sem que ninguém saísse. Também o João, que supostamente teria saído numa das outras carruagens, nos ligou a dizer que, por coincidência (pensaram eles, sem saber que tudo fazia parte do plano da Organização... pois não!), também ele não saíra em Salreu.
E foi assim que todos pudemos apreciar a beleza da estação de Estarreja, próximo local de paragem do kim, como se pode comprovar pela foto.


Quem conhecia a imagem do depósito de água da Estação de Salreu? Do Grupo ninguém, como ficou comprovado pelo rápido inquérito que a Organização (eu!) fez...

E depois de todos nos encontrarmos ali, foi a vez de ir ouvindo a voz metálica da gravação na estação a dizer: "o comboio proveniente do Porto e com destino a Aveiro, com paragem em Salreu... circula com atraso! Hora provável de chegada dentro de 5 minutos"... "... dentro de mais 5 minutos"... "e mais 5 minutos!"


E aqui todo o Grupo à espera do novo Kim, de regresso a Salreu, escutando a voz metálica anunciando os sucessivos atrasos.

Bom, e ao fim de alguns 35 minutos, lá rumámos até Salreu, onde finalmente nos reunimos com a Natália. Seguimos para onde pensávamos ser o percurso, novamente elucidados pelo Alex que havia perguntado a uma senhora que por ali andava. Mas não é que ocorreu a terceira incidência? A senhora indicou-nos a direcção oposta! Bom, mas a Organização (eu!) de imediato resolveu a situação - um simples telefonema para um amigo (obrigado, Victor Gonzalez! Nada como perguntar a um espanhol catalão para nos explicar onde fica determinado sítio em Portugal, certo?), e rapidamente retomámos o rumo certo.


Cá está o Grupo (finalmente) reunido no ponto de início do percurso. A partir deste ponto já não havia retorno!... Bom, haver havia, mas nenhum estava interessado em retornar...

E depois o percurso decorreu com toda a tranquilidade - as nuvens rumavam altas no céu, com o sol a brilhar intensamente por entre elas. Ah! Quase que esquecia. Por volta das 10H, ainda com as nuvens escuras e ameaçadoras a cobrir todo o céu e toda a gente a duvidar do sucesso do dia (foi por isso que o pessoal de Coimbra nos confirmou nessa manhã que não vinham!), eu, falando em nome da Organização, confirmei que o sol ainda espreitaria até às 10h30. E que não choveria novamente durante todo o dia! E não é que espreitou mesmo a essa hora? E que não choveu? Como vêem, até nisto a Organização foi exemplar! Mas vejam as várias imagens ilustrativas do percurso.


"Minhas botas, velhas, cardadas; Palmilhando léguas sem fim; Quanto mais velhinhas e estragadas; Tanto mais valor têm para mim!" (conhecem?)


A paisagem circundante era de autêntico paúl, com imensas aves, arrozais e outras espécies autóctones (desculpem, mas tinha que introduzir aqui esta brilhante palavra, antes que entre em vigor o acordo ortográfico. É que "autótone" não tem a mesma beleza...


Já desta espécie (pouco) autótone (vêem como não fica bem?) vimos às dezenas, alguns mesmo esmagados pelo peso... de alguns carros que por ali vão circulando.


A meio do percurso novo abrigo que nos asilou para o almoço. A alguns fez mesmo lembrar o McDonalds lá do sítio! Tudo previsto pela Organização!(já vos tinha dito o quanto a Organização, eu, foi extraordinária?)


E o percurso de retorno, agora ao longo de um braço da Ria. Ah! Vêem o João com o seu Boby (desta feita não "puxado" mas mesmo na mão)? Coitado, isto é que se pode chamar de "amor à causa"!


A meio do percurso o Sílvio (marido da Natália) foi ter connosco, levando a sua bicicleta, o que proporcionou mais um momento histórico - a minha primeira vez na bicicleta, no pós-cancro!



E deixámos ali a nossa marca, montando a primeira "mariola" do Percurso de Salreu.


Depois alguém lembrou-se de pedir uma casa-de-banho. E ali tínhamos um espaço à nossa disposição, com casa-de-banho e tudo. A Organização não brinca em serviço. Já vos disse o quanto a Organização foi... já? Ah! Tá bem...


Placa indicativa deste espaço de livre utilização, mais uma (pois não) cortesia da extraordinariamente fantástica Organização - o Eu!


A Raquel, a Zé e eu próprio, como dignos representantes do Grupo dos Contadores de Contos. Quem sabe ainda iremos buscar inspiração a este percurso para um qualquer Conto?

No final do dia regressámos novamente no Kim, desta vez sem incidências. Na estação ainda tivemos tempo para "brincar" com a cow-parade, numa excelente homenagem aos nossos amigos de Alcochete. Ou vocês não sabem o que fazem 11 homens de Alcochete a olhar para um... ser? Claro! São o grupo de forcados...


Dois ganda malukos representando esse tal grupo de Alcochete: eu e o vizinho Rui. Quem era a vaca??? Ó pá!... uma dessas vacas que se vêm ali pelas estações, sei lá...

Despedimo-nos ali da Raquel, do seu pai Alfredo e da sua mãe (ops! Tenho que pedir desculpa, pois não me lembro do seu nome! Sooooooorrrrrrryyyyyyyy!), com quem tivemos o prazer de partilhar o dia, e rumámos novamente de carro até Salgueiro city! E foi aqui que o Rui Fialho, que tinha durante todo o dia invejado o (já famoso) meu pau (estou a falar do que faz o apoio à caminhada, suas e seus venenosos!), foi comigo apanhar mais alguns paus, que levou no dia seguinte, todo feliz, para o Montijo.


Eis-nos a cumprir o enoooooooorme desejo do Rui Fialho ter o seu próprio pau para a família... caminhar!


Chegou a noite e, dando mais um exemplo da excelência da Organização, rapidamente preparámos tudo para reunir novamente os amigos num Jantar de Encerramento em nossa casa. E daí até juntarmos novamente (quase) todo o pessoal foi um tirinho...


O grupo reunido em volta da mesa, num cenário que começa já a ser frequente neste blog... Se ainda o nunca tinham visto, significa que está na hora de consultarem algumas publicações no arquivo de 2007!

Demos cabo de 3 "D. Ermelindas", para gáudio de todos (tão bom era este vinho!), havendo ainda direito a um show de magia, comprovando (como se ainda tal fosse preciso!) a maravilha que foi esta Organização!


O extraordinário Organizador vestiu o papel de Phil Mount e abrilhantou a noite com o efeito do "Voo da Aliança para o Pão". Vêem o ar satisfeito com que o Rui e a Sílvia estão a ser "enganados"?



E ainda houve tempo para que a Anabela e Alex apresentassem a sua colecção de artesanato.


Com este programa tão ambicioso e brilhante (é verdade que desta Organização - Eu - não se esperaria outra coisa), conseguimos finalmente convencer o Rui e a Sílvia a pernoitarem connosco - durou até às 2 e tal da manhã a sua resistência para não irem nessa noite de regresso a casa.
No dia seguinte fomos almoçar juntos ao Gafanhoto, despedindo-nos então deles, já com saudades de todos e do dia bem passado.
Mas nos aguardem, pois o desejo de organizar nova Caminhada está já a germinar. Portanto, preparem-se para a próxima. Será já em Outubro, em dia a definir, mas tudo apontando para o dia 4, para irmos conhecer as fantásticas vistas de Sever do Vouga!"
Me aguardem, vai!...

10 de setembro de 2008

Não! Ainda não é a publicação da última caminhada!

Pois é! Não venho aqui ainda deixar-vos o relato daquela que foi um novo passo nesta minha recuperação... Para aqueles que não entendem isto, aqui vai a explicação: Há sensivelmente um ano atrás, e ainda dentro do período em que estive a fazer quimioterapia, uma das metas que eu e a Zé sempre tivemos e perspectivávamos era visualizar-nos a realizar caminhadas, nomeadamente calcorreando os trilhos do (nosso) Gerês, mas também quaisquer outras caminhadas, acompanhando os nossos amigos! E esta foi, pois, mais um passo nesse sentido - a concretização do sonho. Talvez nem todos entendam o peso que isto representa, mas quando o nosso futuro se apresenta inimaginavelmente negro, quando a frase "viver um dia de cada vez como se fosse o último" passa mesmo a fazer sentido, é nessas horas que esta pré-visualização de um futuro risonho, de algo que nos faz viver emoções fortemente positivas, que nos dão força para suportar todas as privações! E era esta a visualização que sempre fazíamos quando a Zé me acompanhava até àquele cadeirão verde no Hospital de Dia do IPO, onde iniciava as primeiras 4,5 horas das 50 horas de tratamento de quimioterapia, que nos davam a força necessária para encarar aqueles momentos como um novo passo até chegarmos aqui (às caminhadas). Por isso, a todos os meus amigos que (também) sempre nos acompanharam ou aos novos amigos que vamos fazendo nestas etapas, o meu (nosso) MUITO OBRIGADO!

E é imbuído (note-se que não estou a dizer "bebido") deste espírito que vos trago aqui uma petite anedote de humor algarvio.

HUMOR ALGARVIO...tá linde!

Pergunta o miúdo à mãe:
- Ó mãe, o qué um insete ?
- Ê cá nã sê, prégunt'á mana ...! 
- Ó mana, o qué um insete ? 
- Pôs nã sê... prégunt'ó pai ...! 
-Ó pai, o qué um insete ? 
-Ó mê granda burre... um insete sã Oite ...!

E prontes! Aqui ficou mais uma resposta digna de constar nos anais da história. Lembrem-se: este espaço é também ele CULTURA! E aqui demonstrámos isso mesmo, deixando inequivocamente a mensagem de que, realmente, um e sete são oito!

Fiquem bem!

4 de setembro de 2008

Há já algum tempo que não sabem de nós, berdad?

Hallo, gente!
Eu sei que tenho estado meio ausente com as actualizações das nossas novidades, mas também as novidades têm direito a férias, certo? E reparem que estou a falar das férias das novidades, não das minhas férias!
Mas agora irei juntar vários dias numa única publicação, e assim poupo-vos várias entradas neste blog... Sou ou não sou vosso amigo? Bom, mas isso tb vocês já sabiam...
E assim começo já com o grande acontecimento do passado dia 15 de Agosto, dia que reuniu aqui o je com a minha maridona num acto único - fomos ambos padrinhos (padrinho e madrinha) do nosso fantástico afilhado Gonçalo, filho da Cristina e Francisco Jordão (também ele um ilustre colaborar deste blog, apesar de quase inactivo - isto é uma boca provocatória, Francisco!). São essas as fotos que apresento seguidamente.



A hora da verdade - o lançamento da água benta sobre a cabeça do Gonçalo!



Os pais e padrinhos do baptizando Gonçalo. Estamos ou não estamos todos janotas?



Agora só os padrinhos, para dar um ar mais artístico ao baptizado. Afinal, sêmos contadores logo sêmos artistas, certo?


Mas logo chegou a hora da fome, após tanto esforço, e deparámo-nos com estas iguarias... Até nas fotos nos dão fome, berdad?


E que dizer do aspecto desta caravela? Seguramente que foi numa assim que os portugueses foram à descoberta de novos mundos... gastronómicos!


Falamos nós que os lisboetas gostam de caracóis e comem caracóis e compram caracóis e criam caracóies e... Bom, destes até eu gosto!


Aqui os pais (babosos) preparando-se para partir o bolo de baptizado do nosso afilhado.



E foi na mesa da "Chupeta" que ficámos, rodeados pelas outras mesas: "Biberon", "Papas", "Babete"...





A 19 de Agosto, tivemos o prazer de contar com a nossa prima Rute, de Lisboa, com os seus filhotes com nomes romântico-trágicos - Pedro e Inês... É verdade! São estes os nomes tão ilustres destes nossos primitos não menos ilustres, sendo o Pedro o nosso afilhado (da Zé e, portanto, meu por afinidade). E durante 7 dias contámos com a "casa cheia" pela presença destas duas crianças e da sua mãe, que nos deram imenso prazer ter cá em casa.
Fizemos várias actividades, apesar de eu ter estado a trabalhar durante todos esses dias de semana. Contudo, ainda deu para irmos jantar a uma pizaria a Aveiro, montar a mini-piscina no jardim que a Inês adorou, apanhar amoras para a Zé fazer o seu doce, ir à Feira do Artesanato de Aveiro para a Inês se divertir nos castelos de ar, até ao Porto a casa da Sogr'Ana visitá-los, passear no Palácio de Cristal, etc...



A Inês é que se divertiu a valer neste meio metro de piscina... Como é bom ver as crianças divertirem-se!



A apanha das amoras rendeu mais de meio quilo destes frutos - originaram 3 frasquinhos de doce delicioso!



Vêem-nos aqui? Hummmmm!... miam miam...



Aqui a "família Forsythe" no Palácio de Cristal - Rute com Inês ao colo, Maria José, Filipe e o Pedro no carro!



E ainda deu para aqui o Je dar mais um avanço significativo no seu book. Será que o acabo ainda este ano? Não deixem de acompanhar mais um episódio desta novela na próxima publicação que, prometo, será para breve! Mas antes dela, ainda virei aqui relatar o grandioso dia da Caminhada pelo Percurso de Salreu, realizado pelo cada vez mais alargado Grupo da Fenda... Já alguma vez vos falei deste Grupo? Já??? Pois já, têm razão... Mas vale sempre a pena lerem algo mais sobre eles (nós). Por isso, não percam os próximos dias... Fiquem bem!