28 de outubro de 2010

O PR4 por Macieira de Alcoba

Ainda há pouco tempo vos falei de Macieira de Alcoba, uma terra para muitos até então desconhecida, mas que merece bem ser visitada. A Escola, esse magnífico restaurante que, só por si, já justifica uma viagem até esta aldeia planeada para ser turística já nos idos anos de 1977 (como anunciado num jornal da época), é apenas um dos atractivos que aqui existem.
Hoje trago-vos aqui algumas imagens de outras paisagens que ali existem, e que também são dignas de serem exploradas. Por isso, já sabem! Num desses fins-de-semana que não sabem o que fazer, abandonem a ideia de ir até ao shoping e avancem para Macieira de Alcoba. Vão ver que não se arrependerão. Eu não me arrependi... De todo!
Mas deixo-vos um pouco da sua história (made in Wikipédia, que é para estas coisas que a world wide web também existe).
"A freguesia de Macieira de Alcoba situa-se na extremidade oriental do concelho de Águeda, e tem como vizinhos a freguesia de Préstimo, a oeste, e os concelhos de Oliveira de Frades (parte principal e exclave), a norte e a leste, Vouzela a nordeste e Tondela a sul. É a 10ª freguesia do concelho em área, a menos populosa (20.ª) e também a de menor densidade demográfica.
Sendo um pequeno povoado de característica rurais, o local pode ser apreciado por quem gosta de ambientes idílicos e rústicos. A sua pequena população mantém muitos dos hábitos tradicionais, bem como o modo comunitário de viver, antes típico da região serrana, e que se caracteriza pela partilha de alguns dos meios de produção agrícola, ou o forno comunitário. Fica entre um conjunto de serras graníticas (serra do Caramulo), salpicadas de urze florida na Primavera e de neve no Inverno que permitem alcançar o mar com a vista, já que este se encontra apenas a 50 km de distância. De facto, um dos grandes atractivos da região é a sua paisagem. A aldeia tem uma represa que é frequentemente utilizada para banhos."

E foi isto que fomos ali encontrar, naquela manhã de domingo, no passado dia 10 de Outubro, dia que ameaçava desabar sobre nós com as suas núvens escuras e ameaçadoras. Felizmente, e talvez graças à intervenção de Ásterix ou do seu druida, a previsão que aquele céu iria cair sobre nós não se concretizou, caindo apenas uns ligeiros chuviscos já na parte final da caminhada, aumentando fortemente quando já estávamos nas nossas viaturas em viagem de regresso. Mas vamos às fotos ilustrativas deste magnífico percurso.






...Figura_01: A notícia do jornal de 1977 a revelar o que vos disse antes.


...Figura_02: A equipa que fez frente ao desafio lançado pelos Tocacaminhar, revelando ausência de medos por um dia diluviano, aqui já reunidos na aldeia junto à placa onde tudo começa e tudo acaba (falo do percurso, está claro!).


...Figura_03: E lá seguimos nós, pela parte da direita do circuito (sim, porque também dava para ir pelo outro lado, dado que o mesmo é circular).


...Figura_04: E logo ali no início, ainda dentro da aldeia, encontrámos uma "plantação de galos" (mais parecia, pois eram tantos, mas tantos... ). Era todo um terreno com talvez alguns milhares de frangos, provavelmente em criação para irem parar a algum forno...


...Figura_05: Seguiu-se a referida represa de água, um espaço de lazer que dará para banhos ou outras necessidades de água, mas que para nós apenas serviu como referência de passagem.


...Figura_06: Aqui estou eu numa auto-foto (irão ver mais algumas), para mostrar o grupo disperso no terreno amplo junto à represa.


...Figura_07: E lá seguimos nós o PR4, agora por pinhais e mato, mas sempre com indicações bem visíveis e chão agradável de percorrer.


...Figura_08: Mais um dos marcos assinalando a nossa passagem pelas Hortas Velhas (não vi grandes hortas, mas como a população local está envelhecida... Ok!)


...Figura_09: Eu sei que até faço lembrar um pastor, mas as minhas "ovelhas" iam mais à frente, no percurso, ficando eu para trás para fazer esta foto junto a um velho abrigo de pastores junto ao trilho.


...Figura_10: E aqui vemos o "rebanho" reunido depois de um almoço em local adequado (capelinha e barracas em madeira, com vestígios de recente romaria).


...Figura_11: Rumámos então ao ponto mais alto do percurso, a partir do qual se poderia avistar o mar a mais de 50 km (caso o horizonte estivesse límpido) e do outro lado o Caramulo.


...Figura_12: Aqui com o Ângelo a visionar com os seus sempre presentes binóculos as cercanias do Caramulo.


...Figura_13: O grupo reunido nesse ponto mais elevado para a "foto de família"...


...Figura_14: "É verdade, Ângelo. Para esse lado fica o mar!". Este poderia ser o comentário a esta imagem... e por isso não digo mais nada!


...Figura_15: Preparavámo-nos nós para nos fazermos a caminho quando, de repente...


...Figura_16: ...foi detectada a presença de uma "spider woman" enorme, bela, fantástica (estou a falar da aranha, não da Liliana)...


...Figura_17: ...que a todos impressionou. Até à nossa fotógrafa profissional, aqui a virar ela modelo por detrás da aranha!


...Figura_18: Eis-me dentro do forno comunitário onde, reza a tradição, todos os anos um homem entra dentro para cozer lá o pão (que um homem lá cabe dentro, fica aqui demonstrado; agora com o forno aceso para cozer o pão, lá isso não me convencem a entrar! E até dizem que já lá morreu um homem nessa sua promessa de tradição, pelo que não vale a pena arriscar...)


...Figura_19: E o trilho foi seguindo com todos nós a olhar o céu que ia escurecendo um pouco mais... mas nada que nos fizesse arrepender de ali estarmos a caminhar!


...Figura_20: Ainda passámos por pessoas a vindimar, já que as zonas mais sombrias e frescas fazem com que as uvas demorem mais tempo a maturar...


...Figura_22: Numa parte do circuito acabámos por perder uma das marcas, distraídos que estivemos pelas vindimas a decorrer, pelo que tivemos que recorrer à ajuda do mapa... mas quem nos valeu mesmo foram dois velhinhos que ali encontrámos!


...Figura_23: "É por aqui" acabámos por verificar, apontando eu o caminho com o meu omnipresente pau!


...Figura_24: Mais uma das capelas do lugar que encontramos pelo trilho, relembrando as tradições cristãs destas populações envelhecidas.


...Figura_25: E com as indicações certas chegámos novamente a Macieira, onde o percurso termina no ponto onde começou. Despedimo-nos todos, felizes por não nos termos dado à preguiça. E foi já connosco em viagem de regresso nos carros, que o céu descarregou toda a água acumulada. Ainda assim, já em Aveiro, o sol voltou a brilhar, cumprimentando-nos pelo dia bem passado.

Aguardemos por novas caminhadas! Até lá continuem atentos, pois doutras coisas aqui continuarei a falar. Fiquem bem!

1 Comments:

Anonymous yanka said...

Gostei muito da reportagem. Adoro esta aldeia dos meus antepassados. Obrigada

09 maio, 2012  

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