18 de abril de 2010

"Palestra sobre O CANCRO"

Será já na próxima quinta-feira, dia 22, que me deslocarei à Escola Secundária do Forte da Casa, nas proximidades de Santa Iria da Azóia, Vila Franca de Xira, Lisboa, a convite de um grupo de alunas do 12.º Ano daquela escola, no âmbito da sua área de projecto onde falam sobre o tema "CANCRO". Ali iremos apresentar a nossa experiência de vida, eu e a minha maridona, perante uma plateia que, esperamos, saia dali mais enriquecida com o nosso relato.
Nesta palestra iremos apresentar os seguintes temas, num testemunho de vida que vivemos nestes últimos 3 anos e alguns meses:
* Apresentação do evoluir de todo o processo: a descoberta do cancro, a reacção, a luta, a recuperação, a recaída em metástase pulmonar, de novo o tratamento;
* A importância da família, dos amigos, dos médicos, da Fé e do acreditar sempre na vitória;
* A importância da alimentação no suporte à luta pela vida.
Este último ponto irá ser desenvolvido pela Maria José, já que foi ela quem tão bem soube cuidar de mim em termos alimentares (e não só!)
Endereçamos desde já os nossos parabéns à equipa das alunas, não só por esta iniciativa mas também pela criação de um blog onde abordam imensos tópicos relacionados com esta doença, e que já tive oportunidade de aqui referir. Mas, como nunca é demais partilhar, deixo de novo o endereço. Vão lá dar uma vista de olhos, que vale a pena. http://cancro-aprojecto.blogspot.com/

Mas, e como este tema tem sempre bastante interesse para quem, como eu sofre na pele as agruras deste mal, mas também para todos os outros que, felizmente, se mantêm desconhecedores destes problemas, mas que, seguramente, conhecerão alguém a quem as informações aqui agora partilhadas poderão vir a ser importantes. Reparem: infelizmente poderei afirmar, quase com cem por cento de segurança de estar certo, todos nós teremos alguém das nossas relações que padece ou tem algum ente querido a padecer desta maleita. Por isso, não deixem de ler as seguintes indicações dadas por uma médica oncologista brasileira, a Dra. Rachel Riechelmann, sobre uma das dúvidas que, mais cedo ou mais tarde, todos os doentes oncológicos se colocam: "Uso de Medicina Complementar por Pacientes com Cancro : Devo ou Não Devo?". Nós também ainda hoje temos esta dúvida (por exemplo, aproveitarei a nossa ida a Lisboa para ir a uma consulta de medicina alternativa. Farei bem ou não???). Vejam a opinião da oncologista brasileira.

"A Medicina Complementar ou Alternativa (MCA) é definida como terapias que não fazem parte do tratamento convencional das doenças. De uma maneira geral, os pacientes que têm o diagnóstico de cancro frequente e comummente utilizam tratamentos alternativos. Aparentemente, as principais razões para usar MCA entre pessoas com cancro são a crença de que a terapia irá melhorar o cancro, para aliviar cansaço e ansiedade. Exemplos de tais tratamentos incluem: acupunctura, homeopatia, ervas, vitaminas, yoga, oração, meditação, passes espirituais, etc.

Nos Estados Unidos, as terapias alternativas mais utilizadas pela população em geral são o uso do ginseng, ginko biloba, alho, gengibre, aminoácidos e óleo de peixe. Muitas destas terapias realmente ajudam o paciente no sentido de aliviar o stress, relaxar e até pode melhorar sintomas, como dor e náusea. Alguns exemplos de tratamentos que comprovadamente melhoram a qualidade de vida dos pacientes: Musicoterapia, Massagem, Acupunctura, Técnicas de Relaxamento (Yoga, Tai Chi, Meditação), Grupos de suporte, Psicologia, Terapia de Hipnose, e Ginko Biloba para problemas vasculares.

Porém, é extremamente importante que pessoas em tratamento oncológico discutam com o seu médico sobre o uso de qualquer remédio novo, especialmente drogas ou terapias não convencionais. Muitas pessoas erroneamente acreditam que, porque um remédio é “natural”, não causa problemas. Devemos lembrar que os venenos também são substâncias naturais e podem matar! Apesar de sabermos que algumas terapias alternativas realmente melhoram alguns tipos de sintomas, elas podem prejudicar significativamente o tratamento do cancro.

Algumas terapias alternativas podem, na realidade, causar problemas muito sérios para a saúde, pois podem ser tóxicos, podem diminuir o efeito da quimioterapia e também aumentar os efeitos colaterais da mesma. Muitas MCA são utilizadas e vendidas sem terem sido testadas em estudos clínicos; portanto, não sabemos o que esperar delas em termos de actividade contra o cancro e também efeitos colaterais. Exemplos de terapias alternativas amplamente utilizadas para tratamento de cancro e para as quais não há evidência suficiente incluem: ginseng, babosa, cogumelo do sol, suco de noni (uma fruta asiática), suco de beringela com laranja, multivitaminas e oligoelementos (medicina ortomolecular), cartilagem de tubarão, entre outros.

Outro problema é que não há controlo da qualidade de drogas alternativas da mesma maneira como há para remédios convencionais que são prescritos por médicos. Por causa disso, pode haver substâncias tóxicas e agentes infecciosos (bactérias e fungos) na mistura do composto, que também podem causar problemas graves. O cogumelo do sol, por exemplo, é muito tóxico para o fígado. Para pacientes que estejam recebendo quimioterapia, que também pode ser tóxica para o fígado, é contra-indicado o uso do cogumelo do sol. Outro exemplo é a erva de São João, muito usada para tratamento de depressão. Ela pode interagir com alguns agentes anticancerígenos, como o Irinotecan, Imatinib e Docetaxel e prejudicar a eficácia destas drogas. Em resumo, sempre consulte seu médico sobre o uso de remédios alternativos. Enquanto alguns desses “remédios” podem ajudá-lo, os mesmos também podem levar a efeitos colaterais indesejáveis e até comprometer o seu tratamento oncológico."

Partilho ainda convosco um vídeo que nos traz a mensagem: "PORQUE O CANCRO PODE TER CURA!"



Fiquem bem!