31 de julho de 2008

Fim de semana no Alentejo!

Bom dia, gente boa!
Eis-me de volta ao trabalho, após umas (sempre curtas) férias... Ou, na palavra dos "Gatos Mal-cheirosos", "Digo que foi uma espécie de férias!"... No entanto, cumpriram o seu objectivo - um corte com a azáfama do trabalho e, fundamentalmente, um "STOP" ao ritmo de trabalho que estava já a adquirir, e para o qual ainda não estarei preparado (fisicamente) para aguentar!
E foi embuído neste espírito de "vacances", que nos metemos no nosso bólide na sexta-feira de manhã, e rumámos até ao Alentejo, mais concretamente a uma Herdade de produção de vinhos e fomentadora do Enoturismo - A Quinta dos 6 Reis.
Aqui fomos excelentemente recebidos pela responsável deste sector, a Joana Marques, que simpaticamente fez questão de coordenar a sua agenda por forma a estar presente neste dia e ser ela própria a servir-nos de cicerone a apresentar-nos a adega e dar-nos a conhecer os seus vinhos já no mercado E que vinhos!... Mas deixemos que as imagens falem por si.



Joana e Maria José, com pano de fundo a Adega com as cubas de vinificação



Imagem do "meu herói" com a frase sempre de excelência: "In Vino Veritas" (nem eu diria melhor!)



Aspecto de uma parte exterior da Quinta produtora, onde se nota a traça árabe (influências mouriscas)...


... e parte dos vinhedos que tão bom produto geram. Curiosamente, seguimos pelas estradas alentejanas ladeadas por paisagens áridas e desérticas, e os vinhedos surgem, repentinamente, como pinceladas de verdes aguarelas no amarelecento entardecer... (tenho que fixar esta frase poética para vir a usar um dia mais tarde, num qualquer solilóquio que venha a realizar!... Sim, porque de vez em quando sinto necessidades de ter conversas com alguém verdadeiramente inteligente!!!) ;o)
Bom, e depois das provas de vários vinhos, uns maravilhas aromáticas outros maravilhas no palato, em que se destacaram o Syrah e o Tinta Caiada, tivemos que nos despedir, não sem antes a Joana ainda nos presentear com duas garrafinhas destes preciosos néctares... E ainda duvidam que in vino veritas?

Seguimos então à procura da Quinta de Azeméis, algures ali para os lados do Vimieiro, para usufruir das nossas "boxes" de pernoita, heroicamente ganhas através do Holmes Place. Quando ali chegámos, a primeira impressão foi: "Ops! Onde fica isto?" Mas assim que entrámos, vimos logo que era um lugar excelente para descansar: paz, sossego, calma, descontracção, simpatia, amizade... tudo isto ali encontrámos, ao ponto de primeiro termos pensado em passear por Estremoz,Évora, Vila Viçosa e Borba, e acabámos por permanecer longas horas naquela quintinha, tão bem que ali fomos acolhidos e nos sentimos!


Aqui o je em grande forma, junto à piscina existente... pasmem-se... de água salgada (pelos vistos, opção de desinfecção muito comum ali na zona!


A minha maridona com uma das suas grandes paixões (além de mim, do vinho, do turismo, dos amigos, das flores e plantas em geral, do Doc, do Tanino...): o baloiço!


E novamente o moi, agora à entrada do nosso quartinho, quais raposas a entrar no covil! (repararam no nome? Isso! "Raposa")

E no dia seguinte, após algumas 12 horas de cama com soninho reparador, fomos dar uma volta até Arraiolos, onde almoçámos numa Taberna com bastante requinte, e em que tive (quase) uma overdose de sobremesas, com o empregado de mesa a encarregar-se (muito bem) de mim numa selecção de doces que deixou a Zé de boca aberta - primeiro pela variedade, depois pela quantidade, e por fim por eu ter comido tudo!!!
Ainda deu para dar uma voltinha pelo castelo de Arraiolos, também muito bonito mas infelizmente não em tão bom estado de conservação e limpeza (para não dizer mesmo que está muito abandonado) como o de Penela. Este, sim, um exemplo de como deveriam estar todos estes monumentos nacionais!


Myself agarrado às ameias, por causa do peso da barriga ainda cheia com todos aqueles doces conventuais e comida típica alentejana...



... com a Zé a olhar para mim, como quem diz: "comeste, agora aguenta!". E aguentei, pois divertimo-nos muito os dois.

E porque o Alentejo convida mesmo a isso, regressámos à Quinta de Azeméis onde, cansadíssimos das 12 horas dormidas durante a noite, nos deitamos para... dormir uma sestazinha. E em boa hora o fizémos, pois eram quase cinco da tarde quando senti a estrutura metálica da nossa casa de banho a fazer um barulho estranho, que inicialmente até pensei ter sido algum motor ou miúdos que brincavam numa casa próxima, na piscina (a Zé nem acordou). No entanto, a causa tinha sido outra! Um sismo da magnitude de 3,2 na escala de Richter, com o epicentro precisamente entre Arraiolos e o Vimieiro, localidades que havíamos acabado de visitar (e muito próximas da Quinta de Azeméis)... E ainda pensamos nós que os alentejanos têm pouca actividade!... ;o)
Bom, chegámos ao domingo com muito pouca vontade de vir embora, embuídos já que estávamos daquele espírito verdadeiramente alentejano - quem lhe apetecia vir para o Norte (onde estava a chover e ali tão quentinho!...), de regresso ao trabalho? A ninguém, respondeu prontamente a multidão. E acertou! É que, mais uma vez, procurámos adiar ao máximo a hora de partida, tendo ficado em amena cavaqueira com os donos da Quinta de Azeméis (curiosamente pessoas também do Norte, mais concretamente de Oliveira de Azeméis - daí o nome da Quinta), que no final ainda tiveram a gentileza de nos mostrar as novas casas em fase de acabamentos (para alugar), bem como nos ofereceram 2 oliveiras que a Zé de imediato transplantou para vasos novos mal chegou a casa, e que ali estão todas felizes e alegres, embelezando o nosso alpendre.


A minha maridona em pose alentejana (de DESCANSO) no alpendre de entrada do restaurante (cujo nome se chama "OLIVEIRA"... um doce a quem adivinhar porquê!)


Claro está que eu tb quiz repetir a receita, adoptando esse mesmo ar de trabalhador cansado...


Na despedida, e como é já tradição dos donos da Quinta, foi tempo de fotografia de família. Nós também a fizemos, solicitando-lhes para nos acompanharem na foto. Da esquerda para a direita: André, Vera, Maria José e Filipe.

Mas tinha que ser e finalmente nos despedimos, com a certeza de voltarmos um dia, quem sabe se com a família Pinga...
Rumámos então ao norte, mas primeiro passámos por Évoramonte, povoação que distava dali cerca de 7 - 9 km, onde visitámos um castelo e cuja torre principal estava, infelizmente, fechada ao público. Dali rumámos até Estremoz, também ao castelo e à Pousada Santa Isabel, após o que rumámos directo até casa da minha irmã, para comemorar a passagem à maioridade do meu afilhado André Filipe. Parabéns, André!!!!



Foto da torre do castelo, junto à Pousada Rainha Santa Isabel, em Estremoz. E quem melhor para posar do que a "minha Rainha"? Parece mesmo fotografia artística!...

E prontes... Agora imaginem com que vontade é que, na segunda, tive que acordar com o despertador para voltar à Sanitana...? Erraram! Com muita vontade, pois há meia dúzia de meses eu já pensava que poderia não poder voltar a trabalhar!...
Fiquem bem, que eu também me esforço para o ser!

2 Comments:

Blogger Turismo Rural Alentejo said...

Caros amigos
Gratos pela excelente descrição que fizeram da vossa passagem pelo Alentejo e da nossa casa.
Bem hajam.
André , Vera, Ivan e Enzo.

06 junho, 2010  
Anonymous Anónimo said...

não precisava de ir ao Alentejo para fazer esse "mesmo ar de trabalhador cansado..." já nasceu consigo

26 novembro, 2012  

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