13 de maio de 2009

O PR "Na Rota do Xisto de Benfeita", pela Serra do Açor

Isto tem sido um mês magnífico para os sapateiros, tal o uso que temos vindo a dar às nossas botas pedestriásticas... Ainda mal estávamos refeitos do cansaço da subida pela Fenda, ou, como alguém (não divulgo nomes para não comprometer essa pessoa. Nunca se sabe se irá ter grandes cargos políticos e um dia usarão este blog para a difamar. Isso nunca, porque a mim ninguém me usa!) também a apelidou, de "Greta" - vá-se lá saber o que pretendia insinuar quando referia a ida ao Gerês para "penetrar na Greta"... - dizia eu que ainda mal recuperados, avançámos logo para mais um magnífico percurso, desta feita mais para os lados das faldas da Serra da Estrela, mais concretamente na do Açor: o PR do Caminho de Xisto da Benfeita! Mas, e como começa a ser apanágio destas magníficas andanças pelas bonitas terras deste nosso Portugal (só conhecidas para quem, como nós, trocamos o conforto das pantufas em casa ou a confusão dos shoppings e fóruns das cidades), seguem-se algumas das (muitíssimas) imagens que fomos recolhendo. Enjoy them!


O grupo dos corajosos caminhan-tes, alheios à ameaça de chuva e trovoada que chegou a pairar nos avisos meteorológicos...


O início do percurso fez-se Benfeita adentro, rumo aos montes que se avistavam ao fundo da avenida...


... ao longo do riacho que atravessa a aldeia.


Finalmente encontrámos uma placa indicativa do percurso.


À saída do lugar, o caminho iniciava-se pelos campos, ao longo de um percurso estreito e verdejante.


Durante toda esta fase inicial, o percurso estava muito bem sinalizado quer por marcas nas pedras de xisto quer em marcos de madeira propositada-mente ali colocados


Apesar do trilho não ter por onde nos enganarmos, coincidentes com os percursos usados pelos habitantes locais nas suas idas para os campos, marcados por lajes de xisto espalhadas pelo chão.


O verde da paisagem revelava a existência de linhas de água, que por vezes se revelavam em interessantes cascatas.


Mais um auto-retrato, com o Ângelo a aproximar-se pelo trilho do xisto.


E a Liliana a aguardar-nos, para nos tirar mais umas fotos...


O trilho continuava fantástico, com passagens e pontes em lajes da pedra predominante, como esta que a Marisa, em grande estilo, atravessa, ante o olhar atento da amiga.


Além do xisto, também a vegetação era luxuriante, quase fazendo lembrar uma floresta tropical.


Seguindo também por dentro de alguns pinhais, serra acima.


Algumas vezes mesmo fazendo lembrar da vontade do Ângelo em ter uma catana para estas andanças...


As subidas entre diferentes escarpas fazia-se, por vezes, por escadarias de lajes cravadas no terreno, ajudando a vencer os declives muito acentuados


Como se nota nesta imagem com o chão a assumir uma inclinação de quase 45º.


Ou neste trilho ao longo de uma parede de terreno desnivelado.


Os nossos dois "caloiros" do percurso (primo da Liliana e amigo) estavam deslumbrados com tanta maravilha... sem ser na TV... ou na play station...


Confesso que, até eu, estava deslumbrado com a beleza da paisagem... e do próprio trilho!


Entretanto a hora de recuperar energias chegou, aproveitando nós um local com bastante sombra e o som embalador da água de um riacho logo ali...


Mais uma "escalada" por escada de lajes cravadas no solo.


Ou ao longo do terreno com declive muito acentuado.


Mas a paisagem justificava esta subida... Como se comprova por este pequeno excerto filmado.




Para prazer da Liliana, do Ângelo... e de mim próprio, claro!


Até a Ema (inglesa amiga da Marisa) vencia as dificuldades que sentia no percurso, motivando-se nesta beleza (não! Desta vez não estou a falar de mim!)


Chegámos finalmente à aldeia de Sardal, onde deparámos com esta estufa repleta de plantas...


Onde, pasmo geral, nos apareceu o dono da casa, o Sr. António Luís, a oferecer-nos um cafézinho... e que bem calhou, pois naquele momento começavam a cair alguns pingos de chuva...


... e não só café, mas também uma aguardente-zinha da sua "private colection"...


No final mostrou-nos ainda o seu Bar privado, que serviu de cenário a mais esta foto de família.


Animados pela aguardente e jeropiga lá seguimos nós pelo PR, aqui com a Liliana testando o seu equilíbrio...


E que bem precisávamos de testar, já que o trilho passava por algumas "pontes" improvisadas, e nem sempre 100% firmes...


Mas nós estávamos 100% firmes na nossa convicção de seguir em frente. Neste caso eu, a Marisa, a Ema e o Ângelo.


Pelo caminho passámos ainda pelo "Cannabis Paradise Land" (porque teria este nome?). Nesta parte do percurso, deixámos de ver marcas do trilho, que segue pelas marcas de setas específicas para outras actividades (que não recordo o nome).


E com isso eu e o Ângelo seguimos por outro lado, à procura do verdadeiro trilho. no entanto, uns por cada lado, todos fomos dar à cascata da "Fraga da Pena".


A um local de enorme encanto e beleza que vale a pena visitar.


Desvio este, pela beleza do local, é muito procurado por casais românticos e outros turistas.


Claro que não resistimos a tirar uma foto perante a queda de água, de uma beleza que (não) dá Pena...


As infraestruturas ali construídas, em madeira, também contribuíam para todo este encanto.


Numa das encostas, mesmo ali ao lado, uma cabana abandonada à espera de dono(?)


E aqui uma mensagem muito especial para alguém que não pôde estar presente... apesar de ter estado sempre "presente"...


O je numa homenagem a um dos famosos "gags" do Herman (nos seus bons belhos tempos")...


O lugar convidava à realização de uma sessão de yoga, que a Marisa não desperdiçou.


Mas a hora era das "mines", pelo que tínhamos que rumar até à próxima localidade, na procura do único café daquelas bandas, felizmente ali perto...


Pardieiros se chama a terra, que nos pareceu bem tratada e de beleza natural, não fazendo jus ao seu nome.


Claro está que fomos logo beber as ansiadas "mines"... (não sabem o que é uma "mine"??? E se eu lhe chamar Sagres, superbock, pouco importa...)


Lá nos orientaram para o trilho correcto, que ainda nos proporcionou nova visão de "tropicalidade".


E lá chegámos nós às proximidades de Benfeita, com o final de tarde de domingo a aproximar-se...


... pelos campos sempre belos e verdejantes, num trilho ao longo de um aqueduto com água sempre corrente. E foi assim que voltámos para Aveiro, para a dita "civilização", com o coração renovado destas belezas do nosso Portugal rural Natural!
Fiquem bem!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Excelente descrição e belas fotos! Boas Caminhadas

Salvador, Coimbra

31 dezembro, 2014  

Enviar um comentário

<< Home